Os manifestantes alertam que, na próxima semana, a CTNBio pode aprovar o uso de transgênicos resistentes ao veneno 2,4-D, um dos componentes do agente laranja
Ativistas se reuniram na tarde deste sábado na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para participar da Marcha Mundial contra a Monsanto, convocada para este dia 12 de outubro em 57 países. Os participantes protestaram contra o uso de agrotóxicos e alimentos transgênicos, denunciando possíveis danos causados pelas substâncias que os tornam resistentes aos venenos. A concentração começou às 15h no posto 4 e contou com diversas pessoas munidas de faixas e cartazes.
Os manifestantes concentraram suas críticas à multinacional - que mantém uma unidade de produção no Brasil - por supostamente usar sementes transgênicas para obter monopólio da indústria alimentícia, mas também criticaram os "enormes danos que as multinacionais do agronegócio, simbolizadas pela Monsanto, vêm causando no Brasil e no mundo". De acordo com os responsáveis pelo protesto, a empresa "arruína nossa riqueza natural e deixa uma promessa de doenças para as futuras gerações", conforme descreveu o grupo em um texto publicado no Facebook.
"São 40 ANOS desta empresa multinacional americana colaborando com a DESTRUIÇÃO de nossas vidas. Se diz em prol do desenvolvimento da agricultura, da melhoria da qualidade de vida dos produtores e do bem-estar do povo brasileiro, porém, em sua triste e obscura história consta á (sic) fabricação de HERBICIDAS utilizados na guerra do Vietnã, o desenvolvimento dos alimentos TRANSGÊNICOS e o MONOPÓLIO de sementes", afirma a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, entre outros organizadores.
Em maio, uma série de protestos contra a Monsanto mobilizou manifestantes em várias partes do mundo. Em demonstrações que também começaram no Facebook, ativistas ganharam as ruas de 52 países em 436 cidades e mobilizaram até 2 milhões de pessoas, porém houve pouca repercussão no Brasil.
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